É fácil achar lugares para comer e beber em NY? A resposta dessa pergunta é óbvia. Sim, muito fácil. O difícil é escolher em meio a tantas opções que uma das cidades turísticas mais famosas do mundo oferece.
Para quem acompanhou meu primeiro post na sessão Diário de Viagens Cervejeiro, onde contei minhas aventuras Desbravando as Cervejas Islandesas em outubro de 2019, antes do destino final (Islândia) fiz escala de 4 dias em New York.
Como era nossa primeira vez em NY, eu e o Gui (meu namorado e parceiro de viagens) fizemos um roteiro bem definido dos lugares que queríamos conhecer e tentamos focar em restaurantes e bares não tão conhecidos.
Para isso pedi ajuda para o Jason Stewart, um amigo americano meu e da Fernanda. Conhecemos o Jason quando ele trabalhava na Mangrove Jack’s e veio nos visitar no Brasil, sem dúvidas um dos americanos mais gente boa que tem. Ele nos deu dicas valiosíssimas que seria um crime eu guardar só para mim. Além de conhecer muitos lugares diferentes, Jason é Cicerone e entende tudo de cerveja.
Nosso Roteiro
Dividimos os lugares que queríamos ir em regiões e cada dia conhecemos uma delas. Para conhecer melhor a cidade, fizemos a maior parte do trajeto à pé, New York (Manhattan) é uma cidade plana e muito fácil de se localizar no mapa.
1º Dia – Central Park e Cervejas no Roof Top
Logo no primeiro dia já saímos bater perna pela cidade. Nosso hotel ficava em Midtown East, um bairro com muitos bares e restaurantes, além de lojas, mercados e serviços. Era hora do almoço e fomos atraídos pelo cheiro de curry e churrasco do Restaurante Indiano Bukhara – NY. Não sei se foi o fato de ser a primeira refeição, mas a comida era maravilhosa. Tudo muito saboroso, o pão especial da casa feito na hora e quentinho. Foi sem indicação e sem consultas de avaliação e tivemos uma surpresa muito positiva.
Bem alimentados, continuamos andando até a 5th Avenue fazer umas compras (não pode faltar em New York) e seguimos para conhecer o Central Park. Era finalzinho de verão, um dia quente de domingo e os nova iorquinos estavam curtindo o parque: ouvindo e tocando música, andando de patins e praticando esportes. É uma pena não poder tomar cerveja nos espaços públicos nos EUA, seria uma delícia.
Saindo do Central Park aproveitamos uma dica da Fernanda e passamos no Whole Food Market que tem próximo ao parque. Aproveitamos e compramos cervejas americanas (lá é o paraíso) e alguns petiscos para comer no Roof Top do hotel. O hotel que ficamos tinha vários ambientes para você aproveitar e comer um lanche após um longo dia de passeio.
2° Dia – The High Line e Chelsea Market
Após comer um Bagel de café da manhã (muito comum por lá), fomos andando rumo ao famoso Chelsea Market. Aproveitamos e já conhecemos a Time Square e outros pontos turísticos. Para chegar ao Chelsea, fomos pelo The High Line, um parque construído em cima de uma antiga linha de trem suspensa. É bem bonito, com muitos jardins, cercado de prédios, bem nova iorquino. Só estava muito lotado, ficando um pouco difícil aproveitar o parque.
O parque termina bem próximo da entrada do Chelsea Market. O Chelsea é um mercado com vários restaurante, cafés e lojas de produtos artesanais, uma curiosidade o prédio onde está localizado o Chelsea Market é o antigo prédio da fábrica de biscoitos Nabisco (National Biscuit Company). Lá tem comidas do mundo inteiro, tudo muito fresco e diferente. Não podíamos deixar de comer as lagostas que todos falam, que fica na área de peixes e comida japonesa.
Para nossa felicidade, tinham vários taps de cerveja local. Peguei uma NE IPA da Beer Project que estava ultra fresca e deixou a lagosta mais gostosa ainda. Aproveite que está na região para conhecer o entorno do mercado, tem museus, galerias de arte, lojas bem bacanas e mais restaurantes e bares. A noite fizemos algo obrigatório para quem vai aos EUA: comemos hamburguer com cerveja artesanal no Bill’s Bar e Burguer – uma hamburgueria bem tradicional no Rockfeller Center.
3° dia – Financial District e Nolita
No terceiro dia resolvemos encarar o icônico metro de NY e descer até o sul de Manhattan, conhecer o distrito financeiro, Wall Street, o memorial do World Trade Center e o Battery Park, onde é possível avistar a estátua da Liberdade (resolvemos não fazer o passeio até a estátua e curtir mais o dia). Aproveitamos e tomamos um chopp no parque, uma IPA bem sem graça para falar a verdade, lá eles também tem cervejas mais ou menos.
Depois da pausa para a cerveja seguimos a pé até um dos bairros que está em alta: o Nolita. Aquele cenário nova iorquino do seriado Friends, com prédios de tijolinhos e escadas de incêndio, é um bairro super charmoso com muitas opções de restaurantes e lojas. Fizemos nossa segunda pausa em um desses lugares com mesinhas na calçada para tomarmos mais uma cerveja. Escolhi a Imposter Pilsner da Barrier Brewing , ótima opção para o calor de New York. Lá está em alta cervejas lagers, simples e bem executadas para contrapor as NE IPA ultra lupuladas.
Em seguida fomos provar o famoso sanduíche de pastrami, outro item obrigatório para quem vai para NY. A dica do Jason foi provar logo o mais tradicional da cidade no Katz’s Delicatessen. Não tenho nem palavras para descrever, que lanche, que lanche New York!
Para terminar o dia, fomos no The Ginger Man , um bar com dezenas de torneira de chopp e uma carta de cerveja gigantesca, com todos os estilos inimagináveis de cerveja. O bar fica próximo ao Empire State e vale muito a pena para provar vários estilos de cerveja.
4° dia – Brooklyn
No último dia não podíamos deixar de visitar o Brooklyn, atravessamos a ponte e fomos conhecer esse bairro tão inusitado. O Brooklyn tem um clima bem diferente de Manhattan, bem mais descolado, várias lojas hipsters, bares, cafeterias, restaurantes.
Após andar pelo bairro fomos conhecer o TORST BAR, que conta com 21 torneiras de chopp e um menu com 250 garrafas de cerveja. Provei algumas cervejas envelhecidas que eram fantásticas. Um bar pequeno e aconchegante, com atendimento simpático e opções bem inusitadas.
Por fim fomos na tão esperada Brooklyn Brewery, uma das cervejarias mais famosas do mundo. A Brooklyn fica em um galpão industrial onde fica a cervejaria e um tap station bem bacana (eles não servem comida só aperitivos). É possível fazer uma visita guiada na fabrica mas precisa agendar com bastante antecedência.
Uma vez que era outubro em New York, não pude deixar de pegar a Pumpkin Ale deles direto da torneira de chopp. Nem preciso dizer que estava maravilhosa, amo esse estilo e a Brooklyn foi a primeira que eu provei aqui no Brasil.
Além do Tap Station o local conta com alguns jogos de tabuleiro, fliperama e tem palco com música. Dá vontade de morar do lado, só para poder ir sempre.
Dicas Finais
Apesar de termos conhecidos muitos lugares incríveis e provados cervejas maravilhosas ainda ficou para trás uma lista enorme de locais que queríamos ter visitado.
Para quem está com viagem marcada para NY, aconselho deixar um espacinho na mala para trazer algumas latas de cerveja artesanal, você encontra uma variedade encantadora nos mercados. O Whole Food do Brooklyn era o verdadeiro paraíso, eram umas 10 geladeiras só de cerveja artesanal.
Uma dica bacana que uma americano de Chicago nos deu (conhecemos ele no balcão do The Ginger Man) foi provar a NE IPA The Cat’s Meow da Exhibit-A Brewery de Massachusetts. Fantástica, se achar compre um estoque que não irá se arrepender.
E ai, é fácil ou não é comer e beber em NY? Conta para mim o que achou desse roteiro nos comentário. Ah, e não deixe de conferir as dicas da Fernanda pelo Reino Unido.
Comentários
Eliane Santos
Passando para fazer uma visita no blog.
O artigo ficou muito bom!