Post atualizado em 31/05/2021
Durante os nossos cursos de fabricação ou através dos canais de atendimento da Lamas Brew Shop sempre surge a dúvida de como melhorar a eficiência da brassagem e seu impacto no resultado final. Muitas vezes percebemos que é um tema que causa algumas confusões para os cervejeiros e por isso, decidimos escrever sobre eficiência e como melhorá-la ao longo do seu processo.
O que é eficiência da cerveja?
A eficiência da brassagem é a chave para se desenvolver corretamente uma receita, uma vez que é através dela que determinamos nossa densidade inicial (OG). Ou seja, se você não souber a eficiência do seu processo e do seu equipamento, dificilmente atingirá a densidade desejada. É importante ressaltar que a eficiência se trata da OG correta, exigida em cada estilo de cerveja, e não do volume de cerveja obtido. O volume de cerveja é apenas mais uma variável que consideramos nos cálculos.
Quando pensamos em eficiência pensamos no potencial de açúcares no malte que pode ser convertido em açúcar no mosto. Apesar de correto, a conversão de açúcar é apenas uma parte da eficiência total que consideraremos. Na verdade, o rendimento do malte é obtido em teste de laboratórios e podemos encontrar na ficha técnica do malte (varia de 50 a 87% dependendo do malte). Apesar de termos esse número, na prática é um rendimento bem difícil de ser atingido.
Para calcular a eficiência total do sistema é preciso considerar mais variáveis além do potencial de conversão do malte. A figura a seguir ilustra as principais perdas do processo e os diferentes tipos de eficiência que devem ser considerados:
Então, quando calculamos a eficiência da brassagem consideramos: o rendimento do malte (ou dos maltes se for mais de um), a absorção de água pelos grãos, a extração de açúcar na lavagem, a evaporação, o trub da panela de fervura e a lama do fermentador. Saber todas essas perdas e eficiências nos levará a melhoria de nossas receitas.
Outro ponto que deve ser considerado é que a eficiência do equipamento não é constante, o que deve ser constante é a eficiência do equipamento para cada receita. Uma receita com alta densidade inicial utilizará mais malte, aumentando a absorção por grão e diminuindo a densidade, por exemplo.
Ferramentas como o BeerSmith calculam a eficiência do seu sistema de maneira muito simples, basta adicionar os valores principais (volumes do equipamento, material, perdas no trub, perda no fermentador) que o software calculará a eficiência para você. Não tem o BeerSmith ainda? Adquira neste link e comece a desenvolver ainda hoje as suas receitas.
Agora, se você é daqueles que gostam de colocar a cabeça para funcionar e fazer vocês os cálculos do seu equipamento, aguarde os próximos posts que nós vamos ensiná-los!
Veja também o post 6 dicas de como melhorar sua Eficiência
Boas Cervejas
Comentários
Carlos
Eu configurei meu equipamento todo corretamente e segui todas as informações sobre quantidade de água e tudo mais para a brassagem e também para a lavagem! Porém o BS pedia uma densidade PRE fervura e eu não consegui chegar no valor estipulado! Continuei e segui pra fervura. No final da fervura depois de esfriar, fiz nova medição dessa vez minha OG foi 1075 porém o BS me pedia 1099!!! O que será que aconteceu???
Lembrando, a receita eh uma imperial ipa!!!
David - Lamas
Carlos, só com essa infos fica dificil te ajudar. Uma coisa é certo: NUNCA confie cegamente no BS, ele ajuda mas quem manda na brassagem é vc. Densidade baixa, pode ser ocasionado por N fatores, como: muito agua de lavagem, ph muito fora de padrao, erro de T na brassagem, moagem ruim, etc etc
Rique Chagas
David boa tarde!
Não estou conseguindo baixar o arquivo, esta dando erro, poderia me ajudar?
Edilson
Gostei muito das informações